O que é uma marca?

O que define uma marca, de verdade?

Antes de mais nada, é importante entender como o INPI — Instituto Nacional da Propriedade Industrial — enxerga uma marca.

Para o INPI, uma marca é qualquer elemento visual que diferencia produtos ou serviços, ajudando o consumidor a identificar claramente quem está oferecendo aquilo.

Pense em marca como a identidade completa do seu negócio:

  • Como você se apresenta
  • O que você vende
  • Como você se comunica com o público
  • O que as pessoas sentem e pensam sobre você

Em outras palavras, uma marca é tudo aquilo que representa uma empresa, produto ou serviço — seja algo físico, como um tênis, ou intangível, como um serviço de consultoria.

Registro de marca: saiba como escolher o certo para você

Para que serve uma marca?

Imagine que você precisa comprar um tênis para corrida.

Existem centenas de opções, certo? Mas você vai direto naquela que transmite mais confiança e qualidade, mesmo podendo pagar mais caro por ela. Por quê?

Porque uma marca forte:

  • Se diferencia claramente dos concorrentes
  • Ajuda as pessoas a entenderem rapidamente o que esperar do seu produto ou serviço
  • Cria conexões emocionais que vão além do preço
  • Constrói confiança e facilita a decisão de compra

Esses benefícios não são apenas perceptíveis — quando bem construída, uma marca responde dúvidas que o consumidor nem sempre verbaliza, como:

“Essa empresa combina comigo?”

“Será que posso confiar nela?”

E tudo isso acontece antes mesmo da pessoa testar o seu produto.

O que compõe uma marca?

Uma marca forte é construída estrategicamente, com base em elementos-chave que precisam funcionar em harmonia.

"Imagem com o símbolo do McDonald's em amarelo sobre fundo vermelho e o eslogan 'amo muito tudo isso' em branco, exemplo de uso de eslogan como elemento de marca."

Vamos começar pelos principais:

  • Nome: precisa ser fácil de lembrar e criar conexão com o público (Google, Uber, Netflix)
  • Slogan: frase curta que resume o benefício ou propósito (“Amo muito tudo isso” – McDonald’s)
  • Cores e design visual: transmitem emoções e garantem consistência (vermelho e amarelo – Burger King)
  • Proposta de valor: o diferencial que faz o consumidor escolher você (inovação e qualidade – Apple)
  • Experiência do cliente: sensações antes, durante e depois da compra (Disney)

Esses elementos são a base. Mas para fortalecer ainda mais sua marca, é essencial entender as diferenças entre símbolo, logotipo e marca — três termos que muita gente ainda confunde mas vamos simplificar isso para você.

Símbolo, logotipo e marca: qual a diferença?

Símbolo

"Símbolo da Apple: ícone cinza em forma de maçã mordida, exemplo de símbolo visual que representa a marca sem o uso de palavras."
Logotipo Apple.

É um ícone ou imagem que representa a marca sem o uso de palavras. Ele deve ser reconhecível mesmo quando aparece isolado. Bons exemplos são a maçã da Apple ou o “M” dourado do McDonald’s. Quando bem construído, o símbolo se torna um atalho visual para o reconhecimento da marca.

Logotipo

"Conjunto de logotipos de marcas famosas: Coca-Cola, Google, Gillette, Visa, Canon e Vans. Exemplos de logotipos que representam visualmente o nome da marca com tipografias distintas."

É a forma estilizada do nome da marca, geralmente composta por uma tipografia específica e até símbolos. Ele representa visualmente a marca e aparece em todos os pontos de contato com o cliente — embalagens, redes sociais, sites, cartões e materiais impressos.

Marca

É o conjunto completo que representa a identidade de um negócio: design, estratégia, comunicação, reputação, experiência e valores. Vai muito além da parte visual — envolve tudo aquilo que as pessoas sentem, lembram e dizem sobre sua empresa.

Agora que você entendeu essas diferenças, fica mais fácil reconhecer quando uma marca tem coerência e quando ela ainda é só uma identidade visual solta.

Marca não se resume à aparência: ela entrega valor, verdade e consistência em cada ponto de contato.

Como definir uma marca?

O primeiro passo para definir uma marca é entender que ela precisa ser simples, fácil de memorizar e de visualizar. Uma boa marca expressa com clareza a missão do negócio e estabelece uma conexão real com o público.

The Golden Circle: pense de dentro para fora

Existem algumas metodologias que ajudam a definir o posicionamento de uma marca. Uma das mais conhecidas é o The Golden Circle, criado por Simon Sinek.

Ele propõe três perguntas fundamentais:

"Diagrama do Golden Circle com três círculos concêntricos que representam as perguntas: Por quê? (Qual a sua missão?), Como? (Como se destaca?) e O quê? (O que a empresa faz?)."
Metodologia Golden Circle / Autor: Simon Sinek
  1. Why (Por quê?)
    Por que a sua marca existe? Qual é o seu propósito?
  2. How (Como?)
    Como você coloca esse propósito em prática? Quais valores sustentam o que você faz?
  3. What (O quê?)
    O que, de fato, você entrega? Qual é o seu produto ou serviço?

Esse modelo ajuda a alinhar intenção com execução, criando marcas mais coerentes e autênticas.

Aplicando o “The Golden Circle” na prática

Na teoria, o Golden Circle é simples.

Na prática, ele exige consciência e decisão.

Mais do que preencher três perguntas, aplicar esse modelo é olhar para a sua marca com mais intenção: entender o que realmente move o seu negócio, o impacto que você quer causar e como isso se reflete nos seus resultados.

Isso pode significar, por exemplo, reavaliar onde sua empresa investe tempo, energia e dinheiro.

Em vez de focar só em divulgar produtos, é começar a construir uma cultura que deixe claro por que você existe e o que defende.

É mudar a lógica do “vender por vender” para criar identificação, propósito e reconhecimento.

Como diz Simon Sinek:

“As pessoas não compram o que você faz. Elas compram o porquê você faz.”

Isso não significa abandonar o marketing.

Mas sim dar a ele um sentido mais profundo.

Exemplos de marcas que aplicam o “The Golden Circle”

Apple

  • Por quê (propósito): Pensamos diferente. Desafiamos o status quo.
  • Como (missão): Simplificamos, aperfeiçoamos e recomeçamos até atingir um padrão de excelência — sempre criando produtos que melhorem a vida das pessoas.
  • O quê (produto): Dispositivos eletrônicos como smartphones, notebooks, fones e sistemas operacionais.

A Apple não vende apenas tecnologia.

Ela convida você a pensar diferente — e essa visão orienta tudo: do design ao atendimento.

O propósito vem antes do produto.

Coca-Cola

  • Por quê (propósito): Refrescar o mundo e fazer a diferença na vida das pessoas.
  • Como (missão): Criamos bebidas que as pessoas adoram, capazes de trazer leveza, união e momentos de felicidade.
  • O quê (produto): Marcas de bebidas não alcoólicas.

A Coca-Cola não vende só refrigerante.

Ela vende o ato de compartilhar, de estar junto, de celebrar.

Esse propósito aparece em cada campanha, e é o que mantém a marca viva por gerações.

Airbnb

  • Por quê (propósito): Imaginamos um mundo onde qualquer um pode pertencer a qualquer lugar.
  • Como (missão): Permitimos que as pessoas vivam como locais, se sintam em casa em qualquer parte do mundo e criem conexões reais.
  • O quê (produto): Plataforma digital que conecta viajantes a anfitriões locais, oferecendo experiências únicas de hospedagem.

O Airbnb não fala sobre imóveis — fala sobre experiências, encontros e pertencimento.

É isso que faz com que pessoas escolham o Airbnb por identificação, e não só por preço.

Essas marcas mostram que:

quando o “porquê” está claro, o produto deixa de ser o centro e passa a ser consequência de algo maior.

Onde aprender mais sobre ferramentas para construir uma marca forte?

O The Golden Circle é uma das ferramentas mais conhecidas para isso — mas não é a única.

Existem outras metodologias que ajudam a organizar os pilares da sua marca, seja para quem está começando ou para quem já tem uma empresa rodando, mas sente que a comunicação ainda está solta.

Para você aprofundar seus conhecimentos e já começar a aplicar hoje na sua marca, aqui vão dois conteúdos que podem te ajudar:

Um deles é a palestra do Simon Sinek no TED Talk, onde ele explica de forma simples por que marcas que começam pelo “porquê” criam conexões mais fortes.

É um conteúdo direto, que vai ampliar a forma que você pensa sobre marca.

videoUrl=https://www.youtube.com/watch?v=qp0HIF3SfI4

O outro conteúdo é um artigo da Firmorama, que reúne diversas metodologias usadas em projetos de branding. Eles mostram como diferentes ferramentas podem apoiar o processo de definição de posicionamento, propósito, tom de voz e relação com o público.

Se você quer construir uma marca com mais intenção e consistência, vale a leitura.

Acesse o conteúdo completo da Firmorama aqui

Conclusão

Se você chegou até aqui, já sabe que marca não é só aparência.

É o que representa o seu negócio, o que conecta com as pessoas e o que diferencia você em um mercado cheio de opções.

Ao longo do texto, você entendeu o que define uma marca forte, do que ela é composta e por onde começar a construir uma identidade com propósito e consistência.

Mas tão importante quanto criar uma marca com intenção, é garantir a proteção jurídica dela.

Registrar sua marca faz parte do processo de fortalecimento e cuidado com o que você está construindo, e a nossa assessoria está aqui para tornar esse processo simples.

Fale com um de nossos especialistas e solicite uma consulta da sua marca.

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