Afinal, o que é uma marca?
No Brasil, uma marca é todo sinal distintivo que pode ser reconhecido visualmente para identificar produtos ou serviços.
De uma forma mais simples, é o nome, logotipo ou símbolo que diferencia o seu negócio dos demais.
Quem regula isso é o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), responsável por analisar e conceder o registro de marca que garante o direito de uso e exclusividade da sua marca, além de impedir que outras pessoas usem uma marca parecida com a sua.
O que é uma marca forte?
O que torna uma marca forte (perante a lei) e memorável (para o público), é a capacidade de se diferenciar.
- Para o INPI:
Quanto menos óbvio for o vínculo do nome da sua marca com o ramo de atuação, maiores são as chances da sua proteção. Afinal, nomes genéricos ou que descrevem demais o seu serviço, tendem a ser rejeitados justamente por não criarem exclusividade.
- Para o consumidor:
A diferenciação se resume em lembrança. Marcas originais e criativas são mais fáceis de serem encontradas e lembradas em meio a tantos concorrentes, especialmente em um mundo globalizamos que nos encontramos.
Fizemos um teste simples aqui na Registre.se e pedimos para nossa equipe listar as primeiras marcas que vinham à mente.
O resultado?
Das 80 marcas mais lembradas, 74 tinham forte diferenciação por serem arbitrárias ou fantasiosasAgora que você conhece os tipos de nome de marca e quais deles caracterizam uma marca forte, vamos entender o lado oposto.
Veja o resultado na imagem:
Isso mostra que o caminho para a sua marca se destacar está diretamente ligado à escolha de nomes únicos, capazes de marcar presença na mente das pessoas.
Quais são os tipos de nomes de marca (segundo a lei)
O INPI classifica os nomes de uma marca de acordo com o grau de diferenciação. Quanto mais óbvio o vínculo com o ramo de atuação, mais fraca tende a ser a marca.
- Descritivo → fraco
Descreve de forma direta o ramo de atuação da marca. Exemplo: “Padaria do Pão”. Fácil de entender, mas em contrapartida, não tem exclusividade e consequentemente um nome difícil de ser protegido.
- Evocativo → médio
Sugere ou remete à área de atuação sem descrevê-la diretamente. Exemplo: “Raízes” para um restaurante vegetariano. Podem ser nomes fortes se tiverem uma boa identidade visual e combinação criativa com logo, tipografia e cores.
- Arbitrário → forte
Usa uma palavra existente no dicionário, mas sem relação com o ramo de atuação. Exemplo: “Apple” para tecnologia. Palavras existentes e de fácil compreensão têm potencial de fazer marcas fortes.
Fantasioso → muito forte
É totalmente criativo e não permite saber o que a marca faz apenas pelo nome. Exemplo: “Spotify”. Esse é o nível máximo de diferenciação, embora exija esforço de comunicação para ser entendido pelo público.
Agora que você conhece os tipos de nome de marca e quais deles caracterizam uma marca forte, vamos entender o lado oposto.
O que é uma marca fraca?
Se a marca forte é a que tem alto poder de diferenciação, a fraca é exatamente o contrário.
Uma marca fraca é aquela que é genérica demais e se perde facilmente em meio às outras e oferece pouca ou zero exclusividade.
Na prática, isso significa que ela tem mais dificuldade em conquistar exclusividade jurídica no INPI e, ao mesmo tempo, acaba sendo pouco lembrada ou percebida pelo consumidor.
Essas marcas vivem em constante risco de serem copiadas, contestadas e, pior ainda, esquecidas pelos clientes.
Mas a boa notícia é que existem alguns critérios simples para criar diferenciação que você pode começar a aplicar hoje.
Critérios de diferenciação de uma marca
Além do tipo de nome, existem outros critérios que tornam uma marca mais única:
- Diferenciação gramatical: pequenas variações na forma de escrever fazem sua marca ser única.
- Diferenciação fonética: como sua marca soa quando as pessoas falam.
- Diferenciação visual: como sua marca aparece em cores, tipografia, logo e símbolos que só você usa.
Esses detalhes fazem diferença tanto para a aprovação no INPI quanto para a percepção do público.
Então, como transformar uma marca fraca em uma marca forte?
Como já abordamos em outros artigos no nosso blog, existem três passos fundamentais para fortalecer uma marca, e eles são:
- Diferenciação: Escolha nomes originais, fuja do genérico e pense em possibilidades criativas que facilitem a lembrança dos seus clientes.
- Consistência: Mantenha identidade visual, tom de voz e presença digital alinhados. Isso reforça a credibilidade e aumenta o valor percebido da sua marca.
- Registro da marca no INPI: O registro de marca garante o direito de uso e exclusividade da sua marca em todo Brasil. Sem ele, qualquer pessoa pode registrar primeiro e você pode perder tudo que construiu.
Esses três passos são a base para transformar uma marca e se você quer entender mais sobre esse assunto, confira este outro artigo do nosso blog: 4 estratégias de branding que grandes marcas dominam (e como aplicar na sua).
Conclusão
Neste artigo você entendeu que marcas fortes não nascem do acaso.
Elas combinam diferenciação criativa com segurança jurídica. Enquanto marcas fracas vivem em constante risco jurídico e dificuldade de diferenciação no mercado, marcas fortes são lembradas, protegidas e se tornam ativos valiosos para o negócio.
Por isso lembre-se:
O registro de marca é a primeira coisa que você deve fazer assim que pensar em abrir um negócio para que você possa investir tempo e energia em algo que é realmente seu.
Conte com o nosso time para cuidar de cada etapa e garantir a proteção da sua marca.
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